O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, voltou a defender ontem a renovação das concessões do setor elétrico que vencem a partir de 2015. Além de utilizar o argumento de que é preciso buscar a alternativa que represente o menor impacto à atuação do grupo estatal e à segurança regulatória do setor, o executivo também recorreu a alguns números que, segundo ele, não poderão deixar de ser considerados, caso o governo opte pela licitação das outorgas. O presidente da estatal ressaltou que o debate sobre o vencimento das concessões não pode ignorar o valor que a estatal terá que receber, ao fim da vigência dos contratos, pelos ativos não amortizados ao longo da concessão. "Os [ativos] imobilizados e remanescentes previstos para vencer em 2015 das usinas e linhas de transmissão, e não estou considerando a distribuição, é de R$ 37 bilhões." Carvalho Neto ressaltou que não somente os valores das indenizações serão elevados. Segundo ele, o fundo constituído para pagar as concessionárias, a chamada Reserva Global de Reversão (RGR), não acumulou o volume de recursos necessário para liquidar a dívida com as empresas do setor. (Valor Econômico)