Os novos detalhes da metodologia do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados ontem no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), determinaram uma queda acentuada das taxas dos contratos futuros de juros curtos e intermediários à tarde. Os vencimentos curtíssimos recuaram também, mas com moderação, em um mercado que segue ajustado para uma queda de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juro, a Selic, amanhã, ao final do encontro do Comitê de Política Monetária, mas não abandona o cenário alternativo de uma redução maior da taxa, que está em 11,50%. A partir de janeiro de 2012, o INPC e o IPCA terão incorporadas as estruturas de gastos geradas pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009. O reequilíbrio da pesquisa, que deu peso maior a alguns produtos e menor a outros, trouxe revisões em baixa da expectativa de inflação do próximo ano. Os primeiros resultados com a nova estrutura, tendo o mês de janeiro como base, serão divulgados em fevereiro. Cálculos preliminares feitos por economistas indicam que a mudança poderia provocar redução de 0,20 ponto ou mais na inflação de 2012. Essa mudança fez o mercado descontar a expectativa de inflação para o ano que vem nos contratos futuros de juros que refletem o comportamento dos preços a partir de janeiro. Assim, a taxa para janeiro de 2013 cedeu de 9,77% na sexta-feira para 9,63% ontem, e o de janeiro de 2014 recuou de 10,06% para 9,89%, (O Estado de S.Paulo)