Na tentativa de reduzir a pressão da oposição e mesmo de setores da base aliada, o governo pediu ontem aos líderes do Senado um prazo até a próxima terça-feira para dizer se incluirá ou não entre suas prioridades a proposta de regulamentação da Emenda 29. O Palácio do Planalto tenta ganhar tempo porque constatou que os próprios governistas não teriam condições de barrar a estratégia da oposição de resgatar o texto original da proposta. Por esse texto, a União teria de aumentar seus investimentos na Saúde dos atuais 7% para 10% de sua receita bruta. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), sinalizou ontem com a possibilidade de o Executivo ampliar o volume de recursos para o setor, mas por outros caminhos. Segundo Jucá, o relator da regulamentação da Emenda 29, senador Humberto Costa (PT-PE), estaria negociando com os ministérios do Planejamento e da Saúde alternativas para se tentar reforçar o caixa da Saúde: – Entre as hipóteses estão a possibilidade de ampliação do valor da emendas parlamentares para a Saúde, o fortalecimento da destinação de recursos da proposta orçamentária da União para a Saúde e a exclusão das emendas da Saúde do cálculo do reajuste do PIB – disse Jucá, sem explicar como tornar essas medidas factíveis na execução do Orçamento. (O Globo)