Pelo menos em relação a um aspecto os tucanos de São Paulo têm um entendimento consensual: na eleição para prefeitura da capital, não cabe uma terceira via. A disputa será entre o candidato do PT, o ministro Fernando Haddad (Educação), e o nome a ser indicado pelo consórcio formado por PSDB, que atualmente comanda o governo do Estado, e o PSD do prefeito Gilberto Kassab. Esse é o entendimento do qual compartilham o governador Geraldo Alckmin, o prefeito Kassab, o ex-governador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Definido que a eleição será polarizada entre os dois grupos, a conversa agora entre dirigentes dos dois partidos é em torno da formalização da aliança: primeiro os dois partidos decidem que disputarão a eleição coligados e só depois partem para a escolha do nome para encabeçar a chapa tucano-pessedista. Do lado de Alckmin, o entendimento não é problema, mas o governador de São Paulo é pressionado por dois lados: pelo deputado Gabriel Chalita (PMDB), que eventualmente perderia a possibilidade de contar com o apoio do governador num segundo turno eleitoral, e o presidente local do Democratas, Alexandre Moraes. O DEM nacional, por outro lado, quer que Alckmin pressione José Serra a ser o candidato, mas sem coligação com o PSD de Kassab (que praticamente dizimou o Democratas, ao criar o novo partido). (Valor Econômico)