A inadimplência crescente tende a ser um obstáculo para que a oferta de financiamento de veículos, uma das vedetes do crédito ao consumo em 2010, retome em 2012 o ritmo perdido em 2011. A revisão das medidas macroprudenciais, que reduziu o capital exigido para a liberação dos empréstimos, deve dar algum fôlego para a modalidade neste fim de ano – período tradicionalmente aquecido -, especialmente para aqueles bancos que vinham operando próximo ao limite mínimo de capital (medido pelo índice de Basileia). Mas, apesar do afrouxamento promovido pelo Banco Central (BC), o clima predominante é de cautela. O saldo da carteira de crédito de veículos à pessoa física do Itaú Unibanco, líder de mercado, apresenta um leve recuo no ano, de 0,2% até setembro (R$ 60 bilhões), e esse desempenho deverá se repetir no quarto trimestre. "A expectativa é mantermos nossa carteira nos níveis verificados atualmente", avisa Rogério Calderón, diretor de controladoria do Itaú, embora ressalte que tem verificado uma evolução positiva na margem líquida de perdas para as operações originadas a partir de abril. (Valor Econômico)