Em meio a aliados famintos e descontentes, a presidente Dilma Rousseff terá que conciliar na primeira reforma ministerial oficial de seu governo a solução de problemas administrativos, a saída de titulares que disputarão as eleições de 2012 e a assimetria de poder entre partidos da base do governo. A presidente ainda não fechou seus planos, mas já recebeu lista de reivindicações. O PT quer os ministérios das Cidades e do Trabalho, e o PMDB anda insatisfeito, reclamando que só ganhou ministérios sem capilaridade. Para melhorar sua situação na Esplanada, o aliado pleiteia a pasta de Transportes, acrescida da Secretaria de Portos, que deve perder o status de ministério. A disputa das legendas pela ampliação do espaço na Esplanada já se refletiu no Congresso. O governo encontra dificuldade em aprovar a lei que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU), e os parlamentares já trabalham com a possibilidade de não votar o orçamento este ano. No xadrez do enxuga e troca ministerial, a restruturação de algumas pastas é avaliada por Dilma. A presidente tem criticado o modelo de gestão e chegou à conclusão de que é impossível se reunir com quase 40 ministros. Para resolver a questão, avalia fundir pastas que têm ações correlatas, como Trabalho e Previdência; Agricultura e Pesca; Igualdade Racial, Políticas para Mulheres e Direitos Humanos; e Transportes e Portos ou Integração Nacional e Portos. (Estado de Minas)