Excluído do governo sem honras, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi foi forçado pelo PDT a um exílio para não atrapalhar as negociações do partido com o Palácio do Planalto sobre a ocupação de cargos na Esplanada. Lupi deixou a pasta no domingo, após uma avalanche de denúncias, e vai continuar licenciado da presidência do partido pelo menos até janeiro de 2012. Até lá, o PDT espera ter resolvido o impasse relativo ao espaço que caberá à legenda no latifúndio governista. A direção do partido decidiu ontem que permanece na base do governo. A saída de Lupi no domingo mexeu no xadrez ministerial. Dilma não quer que o PDT continue à frente do Trabalho. Alega que o partido está há muito tempo no comando da pasta – desde 2007, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva – e prega mudanças. A estratégia adotada ontem pela cúpula do PDT, no entanto, tem como objetivo permanecer no Trabalho. (O Estado de S.Paulo)