Os apelos dramáticos da presidente Dilma Rousseff pela aprovação da Desvinculação dos Recursos da União (DRU) e pela derrubada do aumento do repasse da União para Saúde, previsto na Emenda 29, atiçaram o apetite dos senadores aliados. Nas últimas horas, eles colocaram na mesa de negociação desde indicações de apadrinhados para cargos ainda não vagos, sobretudo no setor elétrico e na Petrobras, a linhas de financiamento no BNDES para projetos nos estados, e controle de agências reguladoras e de superintendências regionais do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e seu secretário de Relações Institucionais, Paulo Argenta, transferiram-se para o Senado nos últimos dois dias para anotar pedidos e mudar o voto de pelo menos cinco senadores aliados que ameaçavam votar contra o governo. E conseguiram. (O Globo)