Após uma corrida contra o relógio para analisar rapidamente o modelo de concessão dos aeroportos e não atrasar mais os leilões à iniciativa privada, o Tribunal de Contas da União (TCU) criou três situações constrangedoras para o governo, no mesmo relatório em que determinou o aumento dos valores mínimos de outorga. A advertência mais importante, embora em tom ameno, partiu da Secretaria de Controle Externo do TCU. Seus técnicos constataram a "possibilidade" de que as obras mais urgentes de ampliação dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília não respeitem o cronograma fixado pelo governo aos futuros concessionários e deixem de ficar prontas até o fim de 2013. Nem mesmo com o setor privado assumindo as obras, hoje de responsabilidade da Infraero, o cronograma está assegurado. O maior temor é o tempo necessário para obter as licenças ambientais. (Valor Econômico)