Momentos antes de a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) comunicar ao mercado a intenção da Brasil Foods de trocar ativos com a Marfrig, representantes das duas empresas já estavam no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em Brasília, consultando a viabilidade da operação sob a ótica da concorrência no setor. E conseguiram o aval para continuar as negociações. Um grupo de conselheiros, procuradores e economistas do Cade, capitaneado por Ricardo Ruiz, que está à frente das negociações com a BRF desde junho, deu o sinal verde para a operação. Os empresários foram pedir a bênção do Cade temendo que as discussões de um acordo que não leva em conta uma convencional venda de unidades fabris, mas, sim, uma troca de ativos, acabasse sendo uma perda de tempo se, ao final, o órgão antitruste vetasse a transação. (O Estado de S.Paulo)