Quando tomou posse em janeiro de 2011, a presidente Dilma Rousseff já sabia que dentro de um ano teria que promover uma reforma ministerial. Na ocasião, ela optou por ampliar o número já excessivo de pastas do governo para acomodar os 27 partidos que fizeram parte de sua coalizão – a maior da história política brasileira – na campanha presidencial. Ao formatar a equipe com 38 ministérios (outro recorde), ficou claro que dentro do time haviam diversos nomes com aspirações políticas para as eleições municipais de 2012. Um ano e sete demissões depois, a presidente se depara com uma lista de seis nomes demissionários. Fernando Haddad (Educação), Iriny Lopes (Política para Mulheres), Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Luiz Sergio (Pesca) pretendem disputar eleições. Paulo Sergio Passos (Transportes) e Paulo Roberto dos Santos Pinto (Trabalho) são interinos com prazo de validade. Outros dois ministros, Mário Negromonte (Cidades) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento) estão enrolados em denúncias. E, se realmente for eliminado o que é considerado gordura dentro do governo, o número de ministérios pode cair para 32 após a reforma. (Brasil Econômico)