A redução da taxa de crescimento da economia não afetou a arrecadação dos tributos que incidem sobre produção, serviços, receita e lucro das empresas. Levantamento feito pela área econômica, a pedido do Valor, mostra que a média mensal dessa receita passou de R$ 28,5 bilhões em 2010 para R$ 33,2 bilhões em 2011. A despeito dessa evolução, o recolhimento dos impostos e contribuições é altamente concentrado. Do montante de R$ 331,7 bilhões que entraram no cofre do governo federal somente pela tributação da produção, serviços, receita e lucro, R$ 209 bilhões, 63% do total, foram provenientes de 14 setores. O restante está distribuído em 26 subsetores de atividade. Esses números abrangem a cobrança do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), PIS/Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação. Não entram na conta a contribuição previdenciária e os tributos indiretos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Imposto de Renda na Fonte sobre capital, trabalho e remessas ao exterior. (Valor Econômico)