Pontos de vista diferentes nas pastas da Fazenda e do Desenvolvimento e a complexidade do tema fizeram o governo empurrar para o ano que vem a decisão sobre a flexibilização da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) maior aos automóveis, em sua grande maioria, importados. Segundo uma fonte da área econômica, a dificuldade está em desenhar um plano escalonado para as montadoras que estão se instalando no país condizente com o novo regime automotivo. Acima de tudo, o governo não quer estabelecer uma regra agora para ter de mudá-la no meio ou no final do ano que vem. As novas regras para todo o setor, que preveem benefícios fiscais em troca da ampliação de investimentos em tecnologia e inovação, conforme antecipou o BRASIL ECONôMICO em novembro, ainda estão sendo elaboradas e só devem ser anunciadas no primeiro semestre de 2012 para valer a partir de 2013. Assim, todos os veículos que não cumprem as exigências relacionadas à inovação e tampouco alcançam 65% de conteúdo nacional vão iniciar o ano tendo de pagar de 37% a 55% de IPI, de acordo com as cilindradas. (Brasil Econômico)