O governo acredita que diminuiu a chance de ocorrência de um evento de crédito – a quebra de um banco ou o calote desordenado de um governo – na Europa em 2012. A expectativa em Brasília é que a economia mundial cresça menos no ano que vem, mas sem a repetição de uma turbulência como a de 2008, quando a quebra do banco americano Lehman Brothers arrastou o mundo para uma crise profunda. Na avaliação de fontes oficiais, o momento mais crítico de 2012 ocorrerá no primeiro semestre, quando vencerão cerca de € 600 bilhões em compromissos de dívida de três países europeus – Itália, Espanha e Grécia. O risco é que, por causa da desconfiança do mercado com a capacidade de pagamento dos três governos, essas economias não consigam rolar os débitos. Diante desse cenário externo e como resultado das medidas que vem adotando nas áreas fiscal e monetária, o governo aposta que, em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá mais do que este ano e que a inflação será menor, convergindo para a meta de 4,5% no fim do ano. Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que a meta é fazer o PIB crescer 5% no próximo ano. (Valor Econômico)