O ministro da Educação, Fernando Haddad, pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, foi vaiado ontem quando seu nome foi anunciado no começo da celebração de Natal dos catadores de materiais recicláveis, da qual participou ao lado da presidente Dilma Rousseff e de outros seis ministros. – Não tenho ideia. Não sei (o que aconteceu) – disse Haddad depois da solenidade, realizada na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, no Centro, um dos principais redutos petistas da capital e onde começaram as greves dos bancários, ligados a ex-presidentes do PT, como o próprio Lula, Luiz Gushiken e Ricardo Berzoini. As vaias ao pré-candidato petista partiram de um pequeno grupo que participava da celebração dos catadores. Ligados ao PT, os militantes, possivelmente vinculados a grupos que defendiam uma das outras três pré-candidaturas do partido, puxaram uma rápida, porém sonora, vaia. Extraoficialmente, petistas dizem que podem ser ligados à senadora Marta Suplicy, que precisou renunciar ao interesse de disputar a prefeitura novamente. Ela foi "convencida" por Lula a desistir de cobrar prévias para a escolha do candidato do partido. Lula insistiu, e venceu, com a ideia de lançar Haddad candidato. (O Globo)