A crise internacional elevou a aversão global ao risco e afastou os investidores dos papéis privados. Com isso, as emissões de títulos e de empréstimos sindicalizados (com um pool de bancos) de empresas brasileiras no segundo semestre declinaram e somaram US$ 16,5 bilhões, menos da metade dos primeiros seis meses do ano (US$ 35,7 bilhões), segundo levantamento do Valor Data, com dados até ontem. O total de captações no exterior, de US$ 52,2 bilhões, foi 16,9% menor que o de 2010 (US$ 62,8 bilhões). O custo nominal das emissões caiu, com o cupom médio na casa de 6,7% ao ano. Mas o prêmio de risco subiu para praticamente todas as operações de companhias brasileiras. Há expectativa de melhora do mercado externo no primeiro trimestre de 2012. (Valor Econômico)