O discurso do governo está claro: a ideia é garantir um crescimento de ao menos 4% em 2012, desafio que pode ser considerável diante de um mundo em crise e depois da estagnada no nível de atividade doméstico no terceiro trimestre do ano. E o uso de um arsenal de renúncias fiscais, que teve início em dezembro com as reduções de IPI para a linha branca e do IOF no crédito ao consumidor, deve continuar na mira do governo. O economista do Espírito Santo Investment Bank, Flavio Serrano, estima o crescimento do PIB em 3,5% em 2012 e espera por nova rodada de renúncias fiscais no início do ano. "No PIB do terceiro trimestre eu não esperava que o consumo das famílias e a Formação Bruta de Capital Fixo (medida de investimentos) viessem negativos, mas vieram. Dessa forma, acho que o governo deve vir com novas reduções de impostos e flexibilização no crédito para ajudar na retomada." (Brasil Econômico)