Apesar de o desemprego vir se mantendo em patamares historicamente baixos, o mercado de trabalho perde dinamismo há meses e já não consegue mais impulsionar a geração de vagas formais. O número de trabalhadores com carteira assinada não registrou variação em novembro em relação a outubro (11,2 milhões), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A indústria, mais uma vez, cortou vagas, o que contribui, no médio e longo prazo, para uma queda no rendimento médio real do trabalhador brasileiro. "O emprego na indústria está sendo substituído pelo emprego no comércio e no setor de serviços. Isso leva a uma economia de baixos salários", alertou o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fernando Mansor Mattos. "Nesses setores que hoje criam empregos, o trabalhador é mal remunerado e mal qualificado." (O Estado de S.Paulo)