A cadeira de vice-presidente do Senado pode ser o estopim para um racha na bancada do PT, na volta das atividades parlamentares em fevereiro. Tudo por causa de um acordo, firmado entre nomes de peso da legenda, que ameaça virar água. A senadora Marta Suplicy (PT-SP), atual ocupante do cargo, não arreda o pé na intenção de permanecer até o fim do ano, quando termina o mandato dela na vice-presidência. No ano passado, contudo, ela havia se comprometido a dividir os dois anos com o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE). Ele agora cobra a promessa. Já Marta tenta se livrar da fatura. Caciques do partido defendem que a senadora honre o acordo de rodízio acertado no início de 2011. "O acordo que existia era de um ano na vice-presidência. E que Marta renunciaria para elegermos o Pimentel", afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Para que Pimentel assuma o posto, Marta terá de renunciar e admitir uma nova eleição – abrindo a possibilidade de candidatos de outros partidos. "A renúncia é uma ação unilateral, se ela não fizer, temos ver o que vamos fazer, mas vamos cobrar o cumprimento do acordo", assegurou Costa. (Correio Braziliense)