Inflação em alta e aumento das taxas de juros – processo que perdurou entre janeiro e julho do ano passado – foram determinantes para o aumento da inadimplência da pessoa física. O volume de dívidas em atrasos apresentou uma elevação de 21,5% no acumulado de 2011, segundo o índice de inadimplência do consumidor medido pela Serasa Experian, o maior aumento anual desde 2002, quando a elevação foi de 24,7%. Essa variação inclui também dívidas não bancárias, como faturas de prestadores de serviços e carnês de lojas, independente do prazo que o devedor está inadimplente e das novas operações concedidas. "A evolução mostra como a inflação e os juros são uma dobradinha que realmente atinge o consumidor", explica o assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida. (Valor Econômico)