A presidente Dilma Rousseff quer imprimir a marca do governo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A partir de junho, a autarquia começará a trabalhar sob a orientação de uma nova lei, que dá mais poderes ao órgão antitruste. Assim como já fez com o Banco Central, a ordem da presidente é evitar nos quadros do Cade profissionais que tenham trabalhado no setor privado. O objetivo é "cortar o elo" entre governo e mercado, segundo apurou o Estado. Como nos outros órgãos, Dilma quer prestigiar os servidores públicos. No caso do Cade, algumas particularidades pesam também nessa decisão. Uma é evitar possíveis conflitos de interesse e influência de grupos econômicos sobre as decisões dos conselheiros, responsáveis pelo julgamento de negócios importantes entre companhias. A presidente quer afastar o surgimento de rumores de que decisões podem ser influenciadas por alguma empresa. (O Estado de S.Paulo)