Para tentar neutralizar o que considera "fogo amigo" contra o líder do partido na Câmara, o PMDB quer montar uma agenda de desgaste para o Planalto no Congresso. Atingidos por ricochete pelas denúncias de irregularidade na gestão do afilhado político Elias Fernandes à frente do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), aliados de Henrique Eduardo Alves (RN) vão dificultar a vida do governo no Congresso, que reabre os trabalhos na quarta-feira. O grupo mais próximo ao líder reclama da condenação sem defesa de Fernandes, diferentemente do que ocorreu com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel (PT), e diz que isso "desequilibra" a base aliada. Por outro lado, a ala descontente com Henrique Alves e com o governo quer se aproveitar da situação, adotando a mesma estratégia, e "sinalizar" a insatisfação geral à presidente Dilma Rousseff, convocando Pimentel para esclarecer suspeitas de tráfico de influência em transações feitas pela P-21, a empresa de consultoria do ministro. (O Estado de S.Paulo)