O Brasil deverá receber, a partir deste ano, investimentos de quase US$ 1 bilhão para a construção de pelo menos três fábricas – duas de produção de equipamentos de alta tecnologia para doenças consideradas prioritárias, como câncer, e a outra para o desenvolvimento de vacinas. O Ministério da Saúde está em conversações com pelo menos cinco multinacionais para negociar a nacionalização e transferência tecnológica de medicamentos e equipamentos, com o objetivo de reduzir o pesado déficit da balança comercial da saúde, que em 2011 alcançou a marca recorde de US$ 11 bilhões. O Valor apurou que a sueca Elekta, as americanas GE e Varian, a alemã Siemens e a holandesa Philips já iniciaram diálogos com o governo e planejam fazer aportes no país. O Brasil importa quase 100% dos equipamentos de alta tecnologia para as doenças consideradas prioritárias. Segundo Carlos Augusto Grabois Gadelha, secretário de ciência e tecnologia e insumos estratégicos do Ministério da Saúde, o foco será investir em inovação. O ministério está em conversas com várias empresas, não apenas estrangeiras, afirmou Gadelha. "O time [ministério] entrou em campo." (Valor Econômico)