O governo brasileiro vai apoiar a reorganização da estrutura militar e de Defesa do Suriname, país de 487 mil habitantes e 1.840 soldados, na fronteira norte. Na semana passada, os ministros da área de ambas as nações, Celso Amorim e Lamoure S. Latour, reuniram-se na sede da Embraer, em São José dos Campos, para ajustar os termos da cooperação. O Suriname quer adquirir de dois a quatro Super Tucanos, turboélices de ataque leve. Quer também navios-patrulha de 500 toneladas, da Emgepron, empresa mantida pela Marinha. Latour disse que os seis blindados Cascavel EE-9, armados com um canhão 90 mm, e os 15 Urutus, para transporte de tropas, recebidos do Brasil em 1983, precisam passar por um processo de revitalização. As forças surinamesas necessitam de 100 caminhões e cerca de 80 veículos diversos. Gostariam de mandar oficiais para as escolas de formação do Brasil.O pacote inclui ainda um sistema eletrônico de comunicações. mpresários do setor ouvidos pelo Estado avaliam que os negócios em discussão podem chegar aos US$ 150 milhões – dependendo das especificações, por exemplo, dos componentes de bordo dos aviões e dos navios. Isso significa 8 vezes o orçamento anual da Defesa do Suriname. Nos últimos seis exercícios, essa rubrica tem variado em torno de US$ 20 milhões. (O Estado de S.Paulo)