O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, negou à Agência Brasil que ocorra um clima de mal-estar nas relações entre os governos brasileiro e iraniano. Segundo ele, o diálogo entre as autoridades dos dois países é constante e indispensável, considerando o papel econômico do Irã – que controla o Estreito de Ormuz e mantém intenso comércio de petróleo e carvão. "Não há mal-estar algum. Para entender o que ocorre no Irã é preciso compreender que no país há três forças políticas, uma exercida pelos religiosos e guardiães, outra pelo presidente da República e uma terceira pelo Parlamento. Não há no Irã apenas um porta-voz. São pelo menos três", disse Melantonio Neto, que foi embaixador do Brasil em Teerã, capital iraniana. Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, conversou com o embaixador do Brasil no Irã, Antonio Salgado, por cerca de uma hora, no Rio de Janeiro. Na reunião, Patriota quis saber de Salgado se havia no Irã críticas à política externa brasileira, conforme entrevista do porta-voz do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, Ali Akbar Javanfekr. (Agência Brasil)