Como uma miniatura do Fórum Social Mundial (FSM), o Fórum Social Temático (FST) terminou ontem, em Porto Alegre, com críticas à Rio+20, à esquerda e ao próprio evento, esvaziado no que se refere a intelectuais internacionais. Os seis dias de debates foram marcados por uma forte presença governamental, não só com a presidente Dilma Rousseff, mas com ministros, o governador petista Tarso Genro e o pré-candidato do PT à prefeitura, o deputado Adão Villaverde. Poucos intelectuais, como o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, cruzaram o Atlântico para participar desta edição temática. Entre os brasileiros, destacaram-se os fundadores do FSM, como Chico Whitaker, Leonardo Boff e Frei Betto. Impulsionada pelo tema, a ex-senadora Marina Silva foi uma das convidadas que mais circularam pelas mesas de debates. No sábado, os movimentos sociais, em assembleia, divulgaram um documento condenando a "economia verde" como "falsa solução" para a crise econômica global. Um dia antes, Boaventura havia afirmado que a única economia verde que interessava ao modelo capitalista era a das "verdinhas", em referência ao dólar. (O Globo)