O governo de Dilma Rousseff terá como bandeira a reforma do Estado. Foi o que ela explicou em detalhes à sua equipe ministerial, reunida na última segunda-feira. Não se trata, porém, de discutir o tamanho da máquina pública, como se fez no passado recente, quando ganharam força teses sobre o enxugamento estatal. O que Dilma quer é foco na gestão. "Não tem essa história de Estado mínimo. Isso é uma tese falida, usada pelos tupiniquins. O Estado tem de ser eficiente", costuma dizer a presidente. A reforma que Dilma tem em mente é gerencial. é fazer com que a máquina administrativa funcione e devolva ao cidadão os serviços pelos quais ele paga. "Isso é revolucionário", definiu. é com essa estratégia que a presidente quer construir uma "marca" de governo depois da "faxina" que derrubou sete ministros no ano passado, seis deles alvejados por denúncias de corrupção. Dilma está convencida de que o surgimento da nova classe média vai demandar cada vez mais serviços públicos de qualidade. (O Estado de S.Paulo)