De Ipatinga, no Vale do Aço mineiro, para Moçambique, na costa leste da áfrica, as exportações de uniformes profissionais da Provest Uniformes poderiam ter dado um passo maior do que as pernas da fábrica erguida no começo dos anos 1980, não fosse o aporte de mais de R$ 7 milhões na ampliação da produção e modernização de equipamentos nos últimos três anos. No mesmo rastro, a Geosol, especializada em serviços de sondagem de minerais, abriu uma subsidiária na Guiné, costa oeste africana, e planeja oferecer seus serviços na Namíbia, Zâmbia e Senegal, se aproveitando do crescente número de consultas da indústria mineral. Em comum, as duas empresas trilham o caminho de fornecedores mineiros de grandes mineradoras e construtoras que redescobrem antigas colônias portuguesas na áfrica ávidas por investimentos dos brasileiros. Com o fim da guerra civil em 1992, Moçambique surge como promessa para empresas brasileiras e, particularmente, as de Minas, que se tornou sede da Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil/Moçambique. Em busca da reconstrução, o país tem aplicado recursos em infraestrutura de rodovias e pontes, telecomunicações, energia e habitação, observa o diretor-executivo da câmara, Rodrigo Oliveira. "Não prospectamos mais empresas interessadas em investir no país. Elas é que vêm à câmara em busca de informações e apoio para fazer negócios em Moçambique", afirma o executivo. (Estado de Minas)