A presidente Dilma Rousseff chegou ontem à noite em Havana para sua primeira visita oficial a Cuba. A julgar pelos sinais enviados por Brasília, o governo cubano tem mais razões para ser otimista do que a dissidência. Dilma leva à ilha mais uma linha de crédito, dessa vez de US$ 523 milhões. Com isso, o financiamento brasileiro à ilha chega a US$ 1,37 bilhão. Já na chegada, Dilma parou para tirar fotos com três jovens que a aguardavam no lobby do Hotel Meliá Cohiba, entre elas Irina Nikolova, filha do embaixador da Bulgária em Cuba. "Ela se surpreendeu e me disse que é a segunda búlgara que conheceu hoje", contou Irina, de 27 anos, que viveu no Brasil entre 1993 e 2000, quando seu pai, Tchavdar Nikolov, serviu no País. Com a visita da presidente brasileira, o regime cubano – que investe em algumas mudanças econômicas para tentar tirar a ilha da inércia financeira – espera do Brasil mais investimentos pesados em obras de infraestrutura. Por seu lado, os dissidentes, apesar de todos os sinais contrários vindos de Brasília, ainda acreditavam ontem que o governo brasileiro não manteria a tradicional indiferença às violações dos direitos humanos no país. (O Estado de S.Paulo)