Empresas brasileiras que exportam com frequência para a Argentina estão alterando as rotinas de produção e envio dos produtos para o país vizinho por causa das medidas protecionistas anunciadas há duas semanas pelo governo da presidente Cristina Kirchner. Um exemplo é o da fabricante de roupas de cama e mesa Döhler. Encomendas de produtos desenvolvidos exclusivamente para o mercado argentino agora só são processadas depois que o cliente obtém a licença de importação – então, ganham preferência na linha de produção, antes que a autorização perca sua validade. As companhias também calculam o estrago das restrições nas vendas à Argentina. Ulrich Kuhn, presidente do Sintex, sindicato que reúne as indústrias de tecelagem e vestuário de Blumenau (SC), prevê que o comércio da região com o país pode se reduzir à metade. (Valor Econômico)