O superávit primário, receitas menos despesas, excluídos os juros da dívida, do setor público consolidado – governo federal, estados, municípios e empresas estatais – chegou a R$ 128,710 bilhões, em 2011. O resultado superou a meta para o ano, que era de R$ 127,9 bilhões e corresponde a 3,11% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Somente em dezembro, o superávit primário ficou em R$ 1,934 bilhão. O resultado de todo o ano passado foi superior ao de 2010, que ficou em R$ 101,696 bilhões (2,7% do PIB). Mas o esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros nominais (encargos financeiros) que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 20,574 bilhões, em dezembro. No ano, atingiram R$ 236,673 bilhões. Esse resultado correspondeu a 5,72% do PIB, o mais alto desde 2007 (6,11%). Com isso, o déficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, ficou em R$ 18,640 bilhões, no mês passado, e em R$ 107,963 bilhões, em 2011, o resultado anual mais alto da série histórica do BC, iniciada em 2001. Em relação ao PIB, o déficit nominal chegou a 2,61%, o mais alto desde 2009 (3,28%). (Agência Brasil)