Os gastos com o pagamento de juros da dívida pública, que atingiram o recorde de R$ 236,673 bilhões no ano passado, devem recuar este ano, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. Esse resultado representou 5,72% de tudo que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) e é o mais alto desde 2007 (6,11%). Para este ano, a previsão do BC é que os gastos com juros representem 4,3% do PIB. Segundo Maciel, em reais esses gastos devem ficar "algo em torno de R$ 200 bilhões". O recuo previsto para este ano deve ocorrer por influência da perspectiva de inflação mais alta e da taxa básica de juros, a Selic, mais baixa do que em 2011. A taxa básica e a inflação corrigem parte da dívida pública. Maciel acrescentou que no início do ano passado havia um ambiente de incertezas por parte de analistas quanto ao desempenho fiscal, em função da crise econômica externa e das oscilações dos resultados fiscais de 2010. Mas, de acordo com ele, os resultados de 2011 mostraram o "retorno à regularidade fiscal". Maciel acrescentou que "a situação fiscal robusta" do Brasil constitui um diferencial em relação a outros países que enfrentam deterioração das contas públicas. (Agência Brasil)