Uma em cada cinco residências recebeu uma TV nova em 2011. Ao todo, foram vendidos no Brasil 13 milhões de televisores no ano passado, de acordo com a Eletros, entidade que representa os fabricantes de eletroeletrônicos. A queda de quase 20% nos preços no período fez com que muitos brasileiros trocassem os velhos modelos de tubo pelas finas telas de LCD e LED. O mesmo aconteceu com diversos outros bens duráveis. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a categoria, que engloba desde eletroeletrônicos até móveis, instrumentos musicais e artigos ópticos, contabilizou baixa de 1,6% nos preços no ano passado, período em que a inflação oficial atingiu 6,5%. A redução de preços no segmento contrasta com o reajuste médio de 9% nos serviços no mesmo período, o que mostra a forte entrada dos produtos importados e o impacto da obsolescência. "é natural que grande parte dos bens duráveis fique mais barato em consequência do avanço tecnológico. Isso é muito evidente em televisores e celulares, que, ao ganharem novas funcionalidades, derrubam o preço dos modelos antigos", diz Salomão Quadros, superintendente-adjunto de índices de Preços da Fundação Getulio Vargas (FGV). (Valor Econômico)