Pouco mais de dois meses depois de O GLOBO revelar que o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, faturou pelo menos R$ 2 milhões em consultorias desde que deixou a prefeitura de Belo Horizonte até assumir cargo no governo da amiga Dilma Rousseff, a Comissão de ética Pública da Presidência decidiu ontem investigar o caso, aceitando denúncia do PSDB com base nas reportagens. Metade do dinheiro que Pimentel ganhou foi paga pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), por serviços de consultoria na elaboração de projetos na área tributária e palestras nas dez regionais da entidade. O GLOBO apurou que as palestras nunca ocorreram. No fim do ano passado, o governo conseguiu evitar que Pimentel fosse chamado ao Congresso para se explicar. O caso de Pimentel é semelhante ao do ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil), que continua na pauta da comissão. Ontem, os conselheiros decidiram fazer diligências e pedir mais informações a Palocci, que perdeu o cargo. Pimentel disse que só comentará o assunto quando for notificado. (O Globo)