O governo federal e articuladores da candidatura do ex-ministro Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo já temem a reedição de temáticas religiosas e conservadores na disputa deste ano, repetindo a agenda da eleição de 2010, contra a então candidata à Presidência Dilma Rousseff. Enquanto o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, reuniu-se ontem com a bancada evangélica no Congresso para apaziguar os ânimos e negar ter dito – durante o Fórum Social Mundial – que o governo teme o controle ideológico da classe C e teria a intenção de enfrentar o segmento religioso com uma nova rede de comunicação, Fernando Haddad, na capital paulista, já montava uma vacina para os ataques dos políticos evangélicos contra o "kit anti-homofobia" do Ministério da Educação, encomendado na sua gestão. A bancada evangélica reagiu na época e dá sinais de que vai ressuscitar o tema na campanha. Segundo Haddad, a verdade vai prevalecer sob quaisquer circunstâncias neste caso: "Ninguém tem compromisso com a mentira. A verdade prevalecendo, não tem o que temer". (Agência Estado)