Em carta à presidente Dilma Rousseff, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou a posição da nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, que, no passado, defendera publicamente a legalização do aborto. "A igreja defende sempre a vida, desde o começo até o seu termo natural", disse o presidente da entidade, dom Raymundo Damasceno Assis. "Essa é uma questão inegociável", acrescentou. Em entrevista após o encerramento da reunião mensal do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), dom Raymundo informou que não divulgará o teor da carta antes que Dilma a leia, mas disse que a posição da igreja é clara. Segundo ele, a igreja se preocupa com a maternidade precoce e a gravidez indesejável e por isso defende políticas públicas para mulheres em situação vulnerável. "Mas qualquer debate sobre os direitos da mulher não pode excluir os direitos do nascituro", ressalvou. (Agência Estado)