A retração do mercado europeu, combinada ao menor apetite asiático por commodities – que pode reduzir drasticamente as receitas do país com exportação – são os principais fatores de preocupação. Esses sinais amarelos fizeram com que a consultoria revisse para baixo suas projeções de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 4,5% para 3,1% neste ano. Pelos cálculos da E&Y, o Brasil deve ter crescido apenas 2,8% ao longo do ano passado. A perspectiva anterior era de que o PIB brasileiro tivesse elevação de 3,8% em 2011. O resultado fechado referente ao ano passado será divulgado em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas nem todas as notícias são negativas. A consultoria observa que o Brasil tem se mostrado bastante resistente às crises, principalmente quando comparado às demais nações emergentes. Isso se deve à melhora das finanças públicas e às robustas reservas cambiais, que já ultrapassam US$ 354 bilhões. O principal fator positivo, entretanto, é a força do mercado interno. Vitaminado por crédito e novas rodadas de redução da taxa de juros, ele pode ajudar a amortecer os efeitos da turbulência e fazer com que o PIB volte a crescer na casa dos 5% já a partir de 2013. (Brasil Econômico)