O cenário internacional, com a anunciada recessão europeia, já começa a influenciar projeções, que trazem cenários menos otimistas para a economia brasileira – apesar de os especialistas se dividirem quanto à extensão dos efeitos da piora externa no Brasil. Para a consultoria Deloitte, por exemplo, mesmo com a possível retração nas exportações para o Velho Continente, o cenário não será dos piores. As receitas com exportações brasileiras seriam mais atingidas caso a China sofresse uma grande desaceleração, estima a consultoria. "Vendemos pouco mais de 20% do total para a Europa e não apenas commodities, como fazemos para os asiáticos", afirma Luis Vasco, sócio de finanças corporativas da empresa. Outro fator que ajudará a blindar a economia é o grande interesse de empresas estrangeiras pelo país, observa o especialista. Já a consultoria Austin Rating é bem mais pessimista e projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá crescer 3,7% em 2013, após avançar 3,4% neste ano. "Entendemos que ainda haverá limitações em termos de investimentos, o que não permite crescer tanto", afirma Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, lembrando que trabalha com o cenário básico, ou seja, o que tem maior possibilidade de acontecer. (Brasil Econômico)