O grande interesse de investidores por obras e pela exploração das rodovias brasileiras – confirmado nos disputados leilões de concessões realizados recentemente – levou o governo a estudar dois modelos inéditos de licitação para tornar estradas menos concorridas mais interessantes. A ideia passa por contratos de cerca de dez anos em que a iniciativa privada ficará responsável pela gestão e pela manutenção de pelo menos 10 mil quilômetros de estrada que deverão ser licitados nos próximos anos. No primeiro caso, poderia haver a cobrança de pedágio, com a complementação por parte do governo dos custos de investimentos que a cobrança ao usuário não cobrir. Já o segundo seria a contratação de consórcios que ficariam responsáveis pela manutenção das estradas ao longo de uma década, remunerados pelo governo, porém sem poder cobrar pedágio. Considerando apenas o custo médio de manutenção de um quilômetro de rodovia federal em um ano, trata-se de um negócio com potencial de, no mínimo, R$ 5,26 bilhões ao longo de dez anos. O valor não inclui gastos com melhorias e a construção de novos trechos. O custo por quilômetro asfaltado, de acordo com dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), é de cerca de R$ 1,8 milhão. (O Globo)