O Brasil criticou ontem no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) a forma como potências e países árabes têm pressionado o ditador Bashar Assad. Em discurso em Genebra, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) condenou a ideia de armar a oposição síria, bem como iniciativas diplomáticas fora do âmbito da entidade – alfinetada indireta no grupo "Amigos da Síria", formado por americanos, europeus e árabes. A ministra afirmou que o governo Dilma Rousseff "não aceita" a entrega de armas a rebeldes e pediu que a "política ocupe espaço" na crise, sem indicar como, na prática, isso seria feito. Sob pressão desse grupo, o CDH deve aprovar na terça uma resolução que exige a abertura de corredores humanitários para socorrer as vítimas dos 11 meses de violência na Síria. O texto ainda acusa o regime Assad de "violações sistemáticas e generalizadas" e exige o fim da violência contra a população civil. (Agência Estado)