O déficit comercial na balança automotiva com o México, que chegou a US$ 2 bilhões em 2011, é um grave problema para a economia brasileira e a situação precisa ser revista com urgência, pois há ameaça de desemprego com o surto de importações de automóveis e peças. Essa avaliação foi repassada ontem, no Itamaraty, à chanceler mexicana Patricia Espinosa e ao secretário de Economia, Bruno Ferrari, em reunião com os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Antonio Patriota (Relações Exteriores) e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Seguindo determinação da presidente Dilma Rousseff de "jogar duro" com as autoridades mexicanas, o governo brasileiro exige a revisão do acordo, em vigor há dez anos. Está na mesa a chamada restrição voluntária de exportações pelo México, que consiste na limitação das importações de automóveis para permitir o equilíbrio na balança comercial automotiva. (O Globo)