Um mês e meio após a privatização de três grandes aeroportos, que surpreendeu o mercado ao registrar ágio médio de 347%, a maior preocupação das autoridades responsáveis pelo leilão não é com a qualidade dos operadores estrangeiros nem com a capacidade financeira dos grupos vencedores para pagar a outorga total de R$ 24,5 bilhões em até 30 anos, mas com a hipótese de uma prolongada guerra judicial eclodir em torno do resultado do aeroporto de Viracopos. Na avaliação das principais autoridades do setor aéreo, o peso dos escritórios de advocacia contratados pelos dois grupos envolvidos na disputa atual demonstra que a briga poderá não se encerrar no julgamento de recurso administrativo pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). (Valor Econômico)