Acuado por um horizonte pouco promissor – ao menos momentaneamente – para o acerto de alianças que deem suporte à sua candidatura a prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad tem aproveitado o marasmo nas negociações para afinar o discurso que levará à campanha. A cada plenária nos bairros da cidade, aumenta o tom das críticas ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) e exalta os feitos da gestão da correligionária Marta Suplicy, a quem quer em seu palanque. Para os petistas, a debandada de potenciais parceiros nas urnas deve cessar assim que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se recupera de um câncer na laringe, voltar à articulação política, o que deve ocorrer já na próxima semana, quando Lula conversará com o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, partido também sondado pelos tucanos. (Valor Econômico)