Na tentativa de turbinar a economia, para que cresça os 4,5% esperados pela presidente Dilma Rousseff, o governo anuncia hoje um pacote de medidas de incentivo ao setor produtivo. As ações – tratadas como a segunda etapa do programa Brasil Maior, anunciado no ano passado – incluem desde a ampliação da desoneração da folha de pagamento das empresas até o aumento de recursos para o BNDES emprestar mais com taxas menores. E ações de desburocratização do comércio exterior e defesa comercial. Só a desoneração da folha terá um custo de R$ 12,5 bilhões até 2014, mas o pacote de incentivos pode superar R$ 30 bilhões. Estrela do pacote, a desoneração da folha terá impacto nos cofres da Previdência, pois prevê a substituição da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre os salários por um imposto sobre o faturamento da empresas com alíquota de 1%. O governo deve conceder o benefício aos setores de autopeças, máquinas e equipamentos, eletroeletrônicos, têxteis e móveis. O custo estimado de R$ 12,5 bilhões em três anos é o dobro dos R$ 6 bilhões dos quais o governo abriu mão quando desonerou a folha dos segmentos de confecções, calçados, couros, software e call centers, no ano passado. (O Globo)