Influenciada pela explosão do crédito em 2010 e pela desaceleração da atividade econômica no ano passado, a inadimplência entre os consumidores disparou. Em alguns casos, como no de automóveis, ela ultrapassa os níveis de 2009, quando a crise econômica afetou os mercados em todo o mundo. O desempenho ainda fraco da economia neste início de 2012 deve empurrar uma melhora dos índices de calote apenas para o segundo semestre, auxiliado pela redução da taxa básica de juros e dos spreads bancários (diferença entre a taxa de captação e a cobrada dos clientes). – A inadimplência ainda não chegou em seu ponto máximo, é um indicador defasado. E a economia teve um primeiro trimestre tímido, com expansão de, no máximo, 0,5%. O crescimento fraco deve prolongar um pouco mais a inadimplência, provavelmente até o segundo semestre – diz Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do Banco Central e chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio. (O Globo)