O governo demitiu ontem à noite três membros da diretoria da Petrobras dentro do processo de reformulação da diretoria da empresa iniciado em janeiro com a escolha de Maria das Graças Foster para dirigir a estatal. Foram informados de que serão desligados amanhã Paulo Roberto Costa, responsável pela área de Abastecimento – que cuida do refino e comercialização dos combustíveis e também da área petroquímica; Renato Duque, diretor da área de Serviços, responsável por grandes encomendas de plataformas e sondas de perfuração no país. O outro diretor que está saindo é Jorge Zelada, da área Internacional, que teria sido indicado pelo PMDB de Eduardo Cunha, ligação que sempre negou. O único que confirmou ao Valor sua saída, assim como a dos outros dois, foi Costa, que em fevereiro fez 35 anos na Petrobras. Durante a tarde, os boatos na Petrobras eram de que um quarto diretor, Almir Barbassa, da área financeira, também deixaria o cargo. A hipótese surpreendeu uma fonte do mercado. Barbassa nunca foi ligado a nenhum político e segundo esse executivo do mercado, ele executou bem a estratégia do governo. "Posso discordar de toda a estratégia financeira, inclusive da capitalização, mas o fato é que Barbassa executou bem essa estratégia". (Valor Econômico)