O novo Código Florestal encontrará na presidente Dilma Rousseff (PT) a maior adversária para entrar em vigor. No dia seguinte à aprovação do texto na Câmara dos Deputados, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, avisou que o Palácio do Planalto deverá vetar partes do projeto que tratam da anistia para desmatadores. Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, preferiu não antecipar a decisão da presidente, mas deixou claro que o texto aprovado não contenta o governo e que merece uma análise com sangue frio. "é absolutamente claro que não é o que o governo esperava. Com sangue frio e tranquilidade, a presidenta vai analisar como vai tratar essa questão", afirmou Carvalho, ao participar da abertura da quarta edição do seminário Diálogos Sociais: Rumo à Rio+20, no Palácio do Planalto. Aprovado na quarta-feira por 274 votos a favor e 189 contrários, o novo texto trouxe 21 modificações em relação ao que foi aprovado pelos senadores no final do ano passado. Durante a sessão, o governo ainda conseguiu incluir a exigência de recomposição de 15 metros para as áreas de preservação permanente (APP) nas margens de pequenos rios, proposta que desagradava os ruralistas. A última palavra agora é do Palácio do Planalto. (Estado de Minas)