Para cada dólar investido na prevenção em saúde, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que outros três são economizados. A matemática a favor da prevenção junta-se a outro fator decisivo, para não dizer explosivo. O envelhecimento da população brasileira pode provocar um tsunami no caixa dos convênios médicos, uma vez que a cada década os tratamentos se tornam mais caros e sofisticados. De olho na saúde do negócio, o setor começa a se render à prevenção em vez de apenas tratar doenças. E para atrair os consumidores, os programas oferecem prêmios e podem até mesmo resultar em descontos para os usuários.
Grandes e pequenas operadoras estão oferecendo aos consumidores programas preventivos que ganharam impulso desde agosto do ano passado, depois de resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A norma criou incentivos para a participação dos usuários, como prêmios e descontos na mensalidade que podem chegar a 30% do valor. A adesão aos prêmios, desde um eletrodoméstico até desconto na academia de ginástica, foi rapidamente absorvida pelo setor e refletida no crescimento de usuários nos programas. O plano de descontos, em vigor desde agosto do ano passado e de grande interesse para os usuários, ainda não foi implementado. Apenas uma operadora do Rio de Janeiro tem o programa em vigor. (Estado de Minas)