Não é de hoje que o ministro da Economia, Paulo Guedes, aponta diagnósticos precisos para os entraves enfrentados pelo empresariado no Brasil. Em julho passado, por exemplo, com sua habitual inteligência e verborragia, Guedes afirmou que o empresário brasileiro, além de caminhar com duas bolas de ferro amarradas às pernas e um piano às costas, ainda tem de competir com os chineses.
As bolas de ferro e o piano seriam os juros altos, os encargos trabalhistas e os sociais. Guedes só se esqueceu de mencionar o caótico, perverso e injusto sistema tributário nacional, que penaliza todos os cidadãos. Nosso sistema tributário rouba eficiência e competitividade de todo o processo de produção, afasta investimentos no país e impede o desenvolvimento do pleno emprego. E nada é feito contra isso porque esse sistema é fortemente protegido pelo corporativismo.
Apesar da arrancada e da verborragia, o governo Bolsonaro ainda está devendo aos brasileiros a simplificação do nosso sistema tributário. Sem dúvida, essa deveria ser a missão prioritária de sua equipe econômica em 2020.