A segmentação por renda da pesquisa Datafolha divulgada na última segunda-feira (29) mostra que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro cresceu junto aos extratos sociais de menor renda. Por outro lado, Bolsonaro perdeu capital político junto aos segmentos de renda mais elevada. Provavelmente junto ao público “lavajatista”.
Entre os entrevistados com renda mensal de até dois salários mínimos, a popularidade de Bolsonaro cresceu oito pontos percentuais entre dezembro de 2019 e abril deste ano. Por outro lado, a avaliação negativa do presidente caiu cinco pontos entre os mais pobres.
Tendência similar ocorre entre os trabalhadores informais com renda de até três salários mínimos. Nesse público, a avaliação positiva de Bolsonaro também cresceu oito pontos. A avaliação negativa, por outro lado, oscilou três pontos para baixo, índice que está dentro da margem de erro.
Além da ajuda emergencial para os setores economicamente mais vulneráveis, contribuem para o aumento da popularidade de Bolsonaro nesses segmentos a defesa que o presidente faz em favor da flexibilização do isolamento social.
Como a população de menor renda – sobretudo os trabalhadores informais – são os mais afetados pela paralisação da economia, Jair Bolsonaro, ao mostrar preocupação com a economia, ganha pontos nesses setores da opinião pública.